
Eric hobsbawm tem um livro chamado Revolucionários, neste compêndio de Ensaios ele faz análises-esquinas sobre os comunistas, anarquistas, marxistas, guerrilhas e outros componentes, encerrando o livro com reflexões sobre Revolução e Sexo, Cidades, Maio de 1968 e os Intelectuais. Nesse último tópico eu estava bastante preocupado com a distância entre o ensaio escrito (ano 1971) e os dias atuais (2008),meu desafio atualmente é fugir de rótulos e ao mesmo tempo compreender inúmeras possibilidades de transformação da sociedade, e nesse sentido termino voltando ao rótulo, pois creio nas revoluções, mesmo que sejam apenas nas mentes e corações, foi delicioso encontrar algumas perspectivas renovadas das leituras de Gramsci e Marx, o pensador-historiador lançou sobre o século passado seus olhares e aos intervalos para esse século que estamos vivenciando perspectivas.Eric jogou suas dúvidas,desconfianças, alegrias e uma pequena biografia pessoal, sendo este ensaio o mais pessoal do livro.
Encosto hoje após a folia de momo - que se me trouxe uma febre sem fim - na singela frase do ensaio e uma imagem de Sebastião Salgado para esquentar a esquina no ano de 2008. " Dizer que a maioria dos revolucionários hoje é intelectual não equivale a dizer que farão a revolução.Quem fará a revolução, supondo-se que esta ocorra, é uma questão mais complicada, como o é o problema, muito mais superficial, de identificar quem está habilitado a chamar-se revolucionário, além dos partidários da insurreição ou da luta armada imediata que reivindicam o monopólio desta qualificação."
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