Afasto o lugar para outro lado,são as veias abertas de várias virtualidades inacabadas.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Sítio - vida,obra e rádio Drummond
http://www.carlosdrummonddeandrade.com.br
Caros e caras, está no ar o sítio de Drummond.(link acima, foto do mesmo endereço e poema pego emprestado de lá).
Sem tempo para examinar um pouco mais as coisas e as pessoas, lanço um poema de Carlos Du Mundo. Até a próxima.
A hora do cansaço
1984 - CORPO
As coisas que amamos,
as pessoas que amamos
são eternas até certo ponto.
Duram o infinito variável
no limite de nosso poder
de respirar a eternidade.
Pensá-las é pensar que não acabam nunca,
dar-lhes moldura de granito.
De outra matéria se tornam, absoluta,
numa outra (maior) realidade.
Começam a esmaecer quando nos cansamos,
e todos nós cansamos, por um outro itinerário,
de aspirar a resina do eterno.
Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
Restituímos cada ser e coisa à condição precária,
rebaixamos o amor ao estado de utilidade.
Do sonho de eterno fica esse gosto ocre
na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar.
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Um comentário:
Queee liiindooo!!! Não conhecia esse sítio! Drummond é de longe um dos meus poetas preferidos. Eu ganhei um disco com Paulo Autran recitando os poemas dele, depois te passo.
Abraços!
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