segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Nas esquinas da vida - passa o Trem das Sete



Não gostaria de repetir tão cedo Raul Seixas, a composição não é dele, mas é conhecida por sua interpretação. Repetir Raul, é considerar esse final de semana marcado por uma situação díficil,através de uma angulação que nos ajude pensar a nossa existência nas esquinas da vida. O falecimento da mãe de um grande amigo, e de outras pessoas próximas, por ligações de parentesco ou não, me levam a perceber mais ainda a importância que os seres humanos dão uns aos outros, mesmo que isso se perca em vários momentos do cotiano, o fato de que pessoas se encontram para rezar ou não, apontam mesmo com que algumas particularidades ou interpretações, um total pertencimento em relação a nossa fragilidade perante tudo, naquele instante de pesar, sentir, respeitar, compreender, abraçar, chorar, apoiar, falar, pensar, calar enfim diversas formas de exteriorizar e/ou interiorizar sentimentos.Cada vez que acompanho situações como essas, que para alguns são passagens ou outros acreditam que é o encontro com Deus, além de outras diversas formas de interpretar e conceber esses instantes, eu percebo a minha dificuldade em lidar com uma extrema não-espiritualidade racional que busco preservar, não quero discutir isso nesse momento, apenas deixar registrado, na esquina entre a vida e a passagem do Trem, que mesmo a propaganda do cartão de crédito insista que : "A VIDA É AGORA",compreendo que a vida são várias e contínuas, em suas esquinas, estações, plataformas, portões, portas, janelas e formas de visualizar suas interrupções e continuidades, absolutamente necessárias.

Trem das Sete - Raul Seixas
Composição: Indisponível
"Ó, olha o trem, vem surgindo de trás das montanhas azuis, olha o trem Ó, olha o trem, vem trazendo de longe as cinzas do velho aeon Ó, já é vem, fumegando, apitando, chamando os que sabem do trem Ó, é o trem, não precisa passagem nem mesmo bagagem no trem, Quem vai chorar, quem vai sorrir ?Quem vai ficar, quem vai partir ?Pois o trem está chegando, tá chegando na estação.É o trem das sete horas, é o último do sertão, do sertão. Ó, olha o céu, já não é o mesmo céu que você conheceu,não é mais. Vê, ói que céu, é um céu carregado e rajado, suspensono ar. Vê, é o sinal, é o sinal das trombetas, dos anjos edos guardiões. Ó, lá vem Deus, deslizando no céu entre brumas de milmegatons. Ó, ó o mal, vem de braços e abraços com o bem numromance astral."
Ps. Mesmo que fãs e conhecedores de Raul dizem que o sentido na música não tem muita relação com a que faço, sinto muito...

Um comentário:

Anônimo disse...

E mesmo sem saber
tristemente
mente triste, o que abre
janelas em mim.
Diante do que não entendo
mas que em mim
pulsa presentemente
Calo.