segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

No-esquirazação!


"Que sabe a razão? A razão só sabe o que aprendeu (provavelmente saberá outra coisa, por não dizê-lo com franqueza?), enquanto a natureza humana age com todo o seu peso, por assim dizer, com tudo o que traz em si, consciente e inconscientemente; e, mesmo errando, vive. "Dostojévski. 1821-1888.
Não desvie muito do centro, não reduza tanto o foco, não insista na pertinência da imaginação, não conduza erros para as alturas de alguma redenção...Não busque nas explosões a (in)consistência humanda ou a compreensão total do mundo. Não, no-esquirazação!
Contemplo o epicentro das possibilidades em formas, fatos e fotos, e em outras letras que não iniciam como F.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Esquina da diversidade étnica-cultural


Esse cartaz tive o orgulho de fotografar na Escola primária improvisada da Comunidade Quilombola do Timbó - agreste pernambucano. A escola era(ou é ainda) na casa de um dos moradores de Timbó que fica em uma esquina. As palavras negritadas são fortes, simples e marcantes.Com o uso da colagem-desenho ao lado demonstram o sentimento de pertencimento da comunidade e a resistência étnica-cultural. Ser a Diferença!Ser diversificado.Em um ser encontrar os Múltiplos coloridos inconstantes, reflexo e refratado - ação e pensamento em construção.
Diversidade Cultural -a cultura adquire formas através do tempo e do espaço; essa diversidade se manifesta na originalidade e na pluralidade de identidades que caracterizam os grupos e sociedades que compõem a humanidade; fonte de intercâmbios, de inovação e de criatividade, a diversidade cultural é, para o gênero humano, tão necessária como a diversidade biológica para a natureza; nesse sentido, constitui o patrimônio comum da humanidade e deve ser reconhecida e consolidada em benefícios das gerações presentes e futuras. (Fonte : A África está em nós. História e Cultura Afro-Brasileira. Livro 04. Ensino Médio).

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Revolucionários e suas esquinas


Eric hobsbawm tem um livro chamado Revolucionários, neste compêndio de Ensaios ele faz análises-esquinas sobre os comunistas, anarquistas, marxistas, guerrilhas e outros componentes, encerrando o livro com reflexões sobre Revolução e Sexo, Cidades, Maio de 1968 e os Intelectuais. Nesse último tópico eu estava bastante preocupado com a distância entre o ensaio escrito (ano 1971) e os dias atuais (2008),meu desafio atualmente é fugir de rótulos e ao mesmo tempo compreender inúmeras possibilidades de transformação da sociedade, e nesse sentido termino voltando ao rótulo, pois creio nas revoluções, mesmo que sejam apenas nas mentes e corações, foi delicioso encontrar algumas perspectivas renovadas das leituras de Gramsci e Marx, o pensador-historiador lançou sobre o século passado seus olhares e aos intervalos para esse século que estamos vivenciando perspectivas.Eric jogou suas dúvidas,desconfianças, alegrias e uma pequena biografia pessoal, sendo este ensaio o mais pessoal do livro.
Encosto hoje após a folia de momo - que se me trouxe uma febre sem fim - na singela frase do ensaio e uma imagem de Sebastião Salgado para esquentar a esquina no ano de 2008. " Dizer que a maioria dos revolucionários hoje é intelectual não equivale a dizer que farão a revolução.Quem fará a revolução, supondo-se que esta ocorra, é uma questão mais complicada, como o é o problema, muito mais superficial, de identificar quem está habilitado a chamar-se revolucionário, além dos partidários da insurreição ou da luta armada imediata que reivindicam o monopólio desta qualificação."
Foto: http://notasaocafe.files.wordpress.com/2007/06/arealman3.jpg