Apenas engarrafados estamos parados na mesma esquina

-------------------------------------------Esquinado--------------------------------Examinado------------------------------------------------------------------------------------------- Cogitado-------------------------------------------Conturbado----------------------------Cansado---------------------------------------------Alado-------------------------------------------

Venho dedicando os últimos dias de forma (in)consiente as temáticas abstratas no campo das ações, reflexões e pressões estratégicas de vários segmentos das sociedade, tais perspectivas estão obviamente colocadas em um campo de atuação contra-hegemônica, nossos esquinados.

Atualmente convencido em dizer que a quantidade de fragmentação das atuações/reflexões estão fluindo diretamente ao esfacelamento dos sentidos,em que as partes insistem em formar o todo, posso considerar se isso é negativo ou positivo, mesmo sem que o todo me convença da sua necessidade em ter um formato.

Examinado por um viés pluralista, toda forma de luta estratégica se faz necessária, pois as forças contrárias não se eximem em utilizar uma multiplicidade de recursos vorazes e contraditórios.As adpatações são mais rápidas do que as nossas, os consensos são formados através de simples troca de favores ou de meios mais escussos, são caminhos trilhados através de uma práxis que também se alastra nos segmentos de contra-posição, mas que não entendo enquanto válida para uma caminhada onde apenas temos um horizonte.

Não perdi meu olhar lúdico sobre as partes, mas cada todo que uma das partes convoca para si como legítima me incomoda, aliás sempre me incomodaram as verdades absolutas, talvez por isso escolhi e fui escolhido por diversas singularidades no caminho pessoal e profissional.Por isso meu olhar cético, por isso a minha dificuldade de permanecer em um único lugar, de escrever por um único olhar, de refletir através de uma única perspectiva. Cogitado sempre ergo sons.

Conturbado com tantas certezas absolutistas/restritas que me circundam nos últimos meses, lembro que Foucault sempre pontuou as assertivas e considerações em torno de um único significado através da ótica ou característica de uma das formas de manifestação do exercício de poder, assim se considero que a leitura X do segmento Y como apropriação de uma linha estratégica, os seguidores tratam de reproduzir mesma lógica sem retrucar.Bingo!Sacada!Verdade!Realidade!Discurso!Podemos fazer isso com autores, professores, colegas...Já fazem isso com a gente e combatemos isso, ou não?

Cansado de ficar procurando contemporizar e aglutinar pessoas, grupos e entender todas as manifestações estratégicas políticas, considerando como válida toda forma de incitação contra o pré-estabelecido, o opressivo e o dominante, conduzido pela razão e espírito multifacetado e formado principalmente pelas perspectivas que se mediam com as demais sob a alcunha de populares, confesso que parto atualmente para um estágio de lassidão contemplativa.

Alado, não alheio, aliado, não alienado, alinhavado, não alijado. Vontade de saber cada vez um pouco mais, sem nenhuma Vontade de Poder, meus competidores não são os mesmos com os quais me reconheço fragmentado diante do meu espelho, meus opositores estão além do meu reducionismo e até pluralidade acadêmica e militante, são sombras e vozes sorrateiras petrificadas em quadros que se renovam diariamente nas suas dinâmicas, porém consideramos que toda forma de amor é possível e transfomadora. Aguardo a volta do amor entre os iguais.