domingo, 28 de fevereiro de 2010

Férias e Prévias: O roteiro de uma folga transpirada.




Foto retirada de algum local que não lembro no momento.









Descanso e folia. Atordoa a mente. Agita o corpo. Propõe desconforto e asfixia. Liberta o passo e a nova rotina. Ser composto de contradições aglutinando o folião e a interpretação das fantasias. Dorme lentamente. Acorda em outra monotonia. Acredita que tudo cria desespero e felicidade. Corre, levita, sacode e vomita toda a falta de verdade. É mentira!


Aponta o bloco. É o próprio enredo e nostalgia. Micróbio no frevo. O jovem no elevador escuta algo que não sei de onde vem e se serve para carnaval. Olha que conheço essa cara, você chegou de cima. É prévia. Parece que não.


Ô ô ô saudade.Saudade tão grande.Saudade que eu sinto.Do Clube das Pás, do Vassouras.Passistas traçando tesouras.Nas ruas repletas de lá.Batidas de bombos.São maracatus retardados.Chegando à cidade, cansados,Com seus estandartes no ar.Que adianta se o Recife está longe.E a saudade é tão grande.Que eu até me embaraço.Parece que eu vejo.Valfrido Cebola no passo.Haroldo Fatias, Colaço Recife está perto de mim.O Frevo número 01.


Casa para ler, ver TV, regorjear e não perceber. Acusa, rompe, compra e perde. Chegaram as contas, as crianças e os motivos. Revolta e conforta. Fatos, normas, pedágios do conhecimento são os livros contorcidos na estante. Desliga o monitor e liga o raio que contorce as frivolidades. São férias com prévias.
Muriçocas e Cafuçu. Não entendo o que vem depois. O bocado de carnaval ficando nas praças, praias e nas músicas que contam histórias em uma avenida. Pipoca meu bem, pipoca. Planejado e não cumprido. Foi por uma causa boa. Foi para salvar uma lassidão. É para continuar começando 2010 sem perder de vista o riso e a paixão.


Por fim...Renova, resgata, relincha, recife, reporta e reconforta. Abafamento do apartamento que transpira sem dormir enquanto o roteiro corre lento dentro de uma imensidão de passista e espectadores. São as férias e as prévias. Escritas contra o tédio e a rouquidão dos que não encontram desejos e não se embriagam de multidões em suas multidimensões.

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